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Apresentando aos brasileiros - e compartilhando com o mundo... - a miniaturista com título de Fellow pelo IGMA, e também criadora e organizadora da feira IMA (Independent Miniature Artisans), Thelma Lewis DeMett. Começando como miniaturista especializada em roupas para dolls, vindo a expor em feiras até se tornar a dona de uma feira ela mesma, conheça esta simpatissíssima, calorosa e acolhedora artista e sua família, que juntos têm o talento de nos fazer sentir bem-vindos e em casa na feira.
Fotos de seus trabalhos no final da página.
Eu venho fazendo miniaturas há 20 anos. Minha especialidade é em roupas. Eu faço roupas na escala 1:12, estilo contemporâneo. E tenho o título de Fellow pelo IGMA.
DHB: Thelma, fale um pouco de você.
Às vezes. Mas depois de 20 anos trabalhando nisso, eu precisava de uma mudança... Porque quando você trabalha em miniaturas como eu fazia, como trabalho mesmo - e eu trabalhava nisso todos os dias, toda hora - depois de um tempo você fica meio desgastada. E às vezes dá até um "branco" criativo, quando tenta bolar alguns conceitos novos.
DHB: Você sente falta de trabalhar com as dolls?
entrevista publicada em 18/07/2010
Eu freqüentei feiras como expositora/vendedora por 20 anos. E venho promovendo esta feira (o IMA) e expondo nela ao mesmo tempo, já faz 12 anos. Mas nos últimos 4 anos eu desisti de atuar como expositora porque tenho tanto trabalho a fazer, tantos detalhes para cuidar...
DHB: E quando você decidiu criar sua própria feira?
Bem… o que eu queria mesmo era ter mais tempo! (risos….) Eu gostaria de fazer alguns ambientes bem criativos. Eu tive uma idéia para fazer algo com dolls de cupidos, eu gosto de cupidos. Venho colecionando eles em miniatura há alguns anos, e adoraria fazer algo em homenagem a quem cria esses cupidos, mas simplesmente não tenho tempo de sentar e trabalhar neste projeto.
E também tenho outro projeto especial, para o qual venho colecionando ao longo dos anos: eu adoro pássaros, adoro pássaros selvagens. Mas também gosto de pássaros que são animais de estimação. Então eu pensei que talvez possa fazer uma petshop algum dia, mas uma que só venda pássaros.
DHB: Tem alguma doll ou ambiente que você ainda sonha em tornar realidade?
Antes disso eu estava envolvida na área da educação, trabalhava como assistente de direção em uma escola particular, e fazia muito trabalho voluntário nas escolas públicas de Chicago.
DHB: E o que você fazia antes disso?
Eu comecei a costurar quando estava na escola, quando fazia aulas de Economia Doméstica no 1º e 2º graus (ensino fundamental e médio). Aprendi a costurar para aperfeiçoar minha habilidade como estilista e coisas assim. Quando decidi mexer com dollhouses com minha filha, que tinha 10 anos na época, nós iríamos montar uma casa de bonecas juntas… Mas quando eu comecei, eu não gostava muito da parte da construção em si, de trabalhar com madeira, pintar paredes... Eu conheço bem os tecidos, então eu pensei: "e se eu tentasse fazer algo, alguma roupa nessa escala?". Aí eu tentei fazer um pequeno vestido e até que ficou ok! Tentei fazer algumas lingeries e até que elas ficaram legais. Eu então levei as peças que tinha feito a uma loja de miniaturas e perguntei o que eles achavam. Eles disseram que eu tinha feito um bom trabalho e pediram para ficar com as peças em consignação. Depois eu decidi tentar a minha primeira feira... E foi o que fiz. E aqui estamos!
DHB: Como você descobriu que tinha talento para vestir dolls?
website da Thelma (com seu trabalho de miniaturista)
DHB: A maioria das pessoas parece gostar de retratar outras épocas nas miniaturas. Isso representava algum problema no início?
Como meu trabalho era no estilo contemporâneo, foi um processo de 'educar' o cliente, já que eles costumavam estar mais interessados - quando eu comecei - na era Vitoriana. Então levou algum tempo para eles "verem" o meu trabalho e entenderem como poderiam usá-lo. Agora tem mais gente interessada em miniaturas contemporâneas.
Na verdade, ouvi dizer esta semana mesmo, que uma empresa estará lançando dollhouses e roomboxes bem modernas e contemporâneas, e isso vai ser ótimo para quem gosta de miniaturas modernas.
Normalmente ela exige um ano inteiro de planejamento. Tenho que cuidar de detalhes de hotel, de postar detalhes dos expositores no site, fazer a publicidade, os crachás de identificação, os programas para os clientes, e com isso vira um projeto contínuo que leva o ano todo até o dia da feira. Nos últimos 10 anos temos oferecido transporte, nós fornecemos os ônibus gratuitos, e isso também é parte do planejamento: escala de horário, fazer os contratos com a empresa de ônibus que realiza o serviço, coordenar com as outras feiras...
DHB: Com quanta antecedência você tem que planejar cada feira?
Por enquanto esta é a única feira que temos. Planejamos começar uma nova feira em maio de 2011, em Nova Orleans.
DHB: Você realiza esta feira em outras cidades também?
Uma média de 50 expositores ou pouco mais, mas tentamos manter o número em pelo menos 50.
DHB: Quantos expositores normalmente participam da feira?
Não tenho certeza se eles curtem… mas estão dispostos a ajudar! Somos uma família bem pequena, cada um de nós três é filho único. Então trabalhamos juntos porque somos só nós três. Meu marido sempre me dá seu apoio, em qualquer projeto que eu me envolvo. E minha filha, talvez com um pouco mais de hesitação, mas ela geralmente comparece, por mim, e faz o que pode. Então, trabalhamos bem juntos.
DHB: Notei que sua família ajuda bastante na feira… Eles curtem tudo isso também?
É sim, ela tem mesmo. Ela me acompanhou todos esses anos, em todos os projetos em que realizei, e ela sabe que o que quer que eu faça, eu vou dar 100% de mim. E não é por egoísmo, é algo bem maior que isso. Então ela definitivamente me procura quando precisa de algum conselho. Ela está tentando construir seu próprio negócio de acordo com o que ela se interessa, e ela acredita mesmo que meus conselhos são muito válidos.
DHB: Eu assisti ao programa especial de vídeo que a Ashdown fez do show e de vocês, e ela me pareceu sentir muito orgulho de você.
Sim. O que eu gosto de dizer é que isso dá à feira, para todos que a freqüentam, uma sensação de conforto, eles sentem que nós nos importamos com eles. Não se trata de quantas pessoas virão à feira, mas sim que nós realmente nos importamos com eles, de que eles estarão se divertindo, que encontrarão o que precisam. Todos parecem gostar deste ambiente. É um ambiente muito positivo, não tem nada de falso, é genuíno e todo mundo sabe disso. Quando eles entram, eles querem receber um abraço, querem um 'oi', se sentir bem-vindo.
DHB: Além disso, ver vocês juntos dá à feira um ar bem 'família'…
Exatamente!
DHB: E isso faz toda a diferença!
Todas as fotos deste álbum são cortesia da Thelma DeMett